sexta-feira, 13 de maio de 2011

UM DIA HISTÓRICO PARA O ADESTRAMENTO DO BRASIL

29 conjuntos inscreveram-se no CDI*** na FEI Prix St. George no dia 13 de Maio de 2011, sendo vencedor desta seletiva para os Jogos de Guadalajara 2011 na modalidade, o cavaleiro Leandro Aparecido da Silva com o cavalo VDL L’Acteur de propriedade do empresário Paulo Cesar Antunes Salles.
Além do record de inscrições, verificamos pela primeira vez em anos a vitória de um cavalo de origem européia nesta competição e também nas seletivas realizadas no Brasil. L’Acteur foi seguido do Veleiro do Top (PSL), Tulum Comando SN (PSL) e Xaparro do Top (PSL). Outra diferença de outros concursos é quem ficou nas primeiras colocações se chamam; da Silva, dos Santos, Pereira Junior, Senhorine o que mostra que o Dressage praticado no Brasil têm todos os ingredientes para ser um esporte popular. Apenas não o é devido a uma ação deliberada e protecionista da CBH em manter este esporte trancado a sete chames dentro de Hípicas, ou melhor 3 Hípicas no Brasil.
Notou-se também uma grande discrepância de notas entre os juízes, no caso mais gritante do animal Xaparro do Top, montado pelo Sr. Senhorine com uma diferença percentual de 7 pontos entre o Juíz em M, Sr. Salim Nigri (BRA) 65.526% e a Juíza em E Marietta Almasy (FRA) de 72.237%. Este tipo de atitude “quebra o caboclo no meio”, um cavaleiro que merecia vencer é vencido, será que é porque tem o sobrenome Senhorine? Acredito que não seja mesmo, acredito que seja devido ao seu animal hoje estar inspirado e o Sr. Juiz do Brasil o conhecer de outras “paradas” sem que o mesmo estivesse tão inspirado assim. Por acaso este Juiz também é o Diretor da CBH, será que existe alguma composição no meu pensamento? Outro problema do Sr. Senhorine é o seguinte: Com um cavalo complicado, ganhou de todos os outros elementos de sua equipe, nada mais, nada menos que os proprietários da Coudelaria VOUGA, Luísa, Manuel e Pedro Tavares, todos eles montando cavalos PSL importados de origem européia. Engraçado não!!!
Vamos às coisas boas, vimos o retorno do fantástico XAMA dos Pinhais, o melhor cavalos de Adestramento do país da raça PSL (ele o é porque já teve ofertas internacionais acima de US$350 mil dólares), depois de 6 meses de recuperação de um acidente de trabalho cobrindo uma égua no haras. Como todo o recomeço é difícil, mas já verificamos a razão de ser o cavalo mais cotado para estar na equipe do Brasil em Guadalajara fazendo uma prova regular com os cinco juízos mais equilibrados em suas notas, marcando os ótimos 67.211%. Desta vez quem penalizou o XAMA foi a Juíza nacional Claudia Mesquita dando um 66% contra os 68% dos juízes estrangeiros. Meu parecer nisto tudo de “juizada” é ter a certeza que ninguém faz por mal, ou visando prestigiar um em detrimento de outro, acho mesmo que é falta de conhecimento, ambos os juízes brasileiros foram no passado cavaleiros medíocres, já diferente da Sra. Almancy a qual participou do mundial eqüestre de Roma em 99, eu vi estava lá. Francamente precisamos em concursos CDI*** desabilitar os juízes do Brasil e apenas ter juízes estrangeiros e com uma rotação absoluta, de preferência escolhidos pela FEI e não pela CBH.
Pior ficaram as categorias de cavalos novos, o coração do negócio, aonde os cavalos são julgados por pessoas que nunca fizeram um cavalo na vida, nunca venderam um cavalo e não sabem distinguir o que é uma coluna suple de uma menos suple, não sabem a diferença entre um andamento “swingado” e um andamento marchado, porque nunca tiveram a experiência necessária para aprofundar este conhecimento, este é o maior absurdo de todos. Tudo isto originou a debandada dos criadores destas categorias por não se sujeitarem a serem julgados por este “tipo” de juiz, o qual tem obrigatoriamente de ser conhecedor de cavalos novos e tudo o que os rodeia. Hoje mesmo ouvi um dos poucos proprietários presentes afirmando que não mais viria competir. Para informação, um país como o Brasil teve no maior concurso de Adestramento do ano, uma inscrição nos 5 anos e 3 inscrições nos 4 anos cavalos novos, digam-me se isso é possível? Este numero demonstra o total desinteresse dos criadores de exporem os seus produtos, como é o desinteresse da CBH em fomentar o Adestramento num país de nome Brasil (continental). Por outro lado têm todo o interesse em receber as taxas de importação de cavalos europeus a 2.800 reais cada um que entra no país. A pergunta é: para onde vão estes milhões de reais arrecadados, aonde está a prestação de contas de tudo isto.
Na minha cabeça só vem a imagem de uma foice cortando o trigo, talvez este pensamento pretenda significar alguma coisa. Certamente o martelo servirá para construir um novo amanhã no país dos Silvas, dos Santos e dos Juniores.
Infelizmente uma andorinha não faz nenhum verão e assim permanecerá igual, pois a mídia está absolutamente dependente da CBH e por ela escravizada, pelo menos a de São Paulo e se vc é valente e expõe os seus pensamentos, ai vc é fichado, julgado e a sentença quase sempre é fazer o sujeito passar fome para ver se ele “amança” um pouco.

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