sexta-feira, 13 de maio de 2011

COMO FAZER UMA PRODUÇÃO DE CAVALOS PROVER LUCROS.

Como ganhar dinheiro criando cavalo?

É uma pergunta fluente em meu ser. Meu amigo já falecido João Oliveira me dizia que criar cavalos era o jeito feliz de gastar grande fortunas. Devo descordar desta afirmação, pelo menos lutei contra ela toda a minha vida.
Hoje o cavalo no mundo representa o elo entre o homem e a Natureza, com outra premissa de grande importância e o único esporte olímpico aonde a sexo feminino compete em igualdade de esforços com o sexo masculino e aqui entre nós, em plena vantagem, pela dedicação e tempo para dispor, o que é muito comum no hemisfério norte, mulheres na “melhor idade”, com filhos já criados, o cavalo torna-se um grande companheiro, favorecendo todos os aspectos hoje importantes na mulher, a saúde, o corpo e sua textura muscular, a vida sexual. Recentemente ouvi uma palestra de uma psicólogo “nada a haver” com cavalos a qual indicava atividades físicas para empresários que trabalhassem a área pélvica do corpo para equilibrar as energias.
Mas o que isso tem a haver com cavalos? Resultados financeiros? Tudo a meu ver. O Brasil está crescendo, o interior agrícola mais que as cidades já estabelecidas, aonde seus habitantes lutam contra o tempo e esquecem-se de viver ou encolhem-se em nichos urbanos, aonde o verde, a terra e a natureza cada vez ficam mais longe e caro.
Primeiro e mais importante fator na criação de cavalos é agregar a família, seja no esporte ou na produção. Isso de certo tem um valor, mas não é deste valor que tento aqui defrontar-me.
Vamos supor por exemplo que o Senhor X procurou-me para iniciar uma criação. Qual a minha primeira atitude? Terra, qual a qualidade desta, o seu equilíbrio e qualidade para a produção de feno. Qual feno? Coast Cross, amplamente divulgado e de fácil manejo em quase todo o território nacional de bom teor protéico e de ótima palatização pelo cavalos em todas as suas fases de crescimento.
Viajo muito atrás de cavalos, 30 anos “no stop” e por isso vejo muito os erros e os acertos por ai.
Uma coisa tenho a certeza, ter dinheiro não significa sucesso nesta empreitada. De certo colabora com uma fração caso ele chegue um dia. O grande segredo é a informação e o “filling”, a facilidade em observar o movimento e seus detalhes, sem perder o bom gosto, uma noção ímpar da estética do movimento, como o ballet.
Vejo muitos lugares “over” em tudo o que o dinheiro pode dar, belíssimos picadeiros, áreas muito cuidadas, belos jardins até belos pastos, mas ao mesmo tempo, vejo péssimos pisos de picadeiros e ausência de boas éguas no pasto, o que reflete em tudo.
Como começar? Já falamos de pastos, com algum dinheiro podemos os produzir, tendo em mente que terão de descansar, por isso, computar um alqueire de terra por égua não é um número absurdo numa produção comercial.
Caso não tenha dinheiro para investir em “galinhas dos ovos de ouro”, aquelas éguas que seguram a bronca com qualquer garanhão, sairia à procura de potras de boas famílias, família trabalhadoras, linhagens de cavalos que fizeram alguma coisa na vida. Nem todo o mundo sabe olhar uma potra e por isso as chances de acertar no “milhar” aumentam e os preços são muito atrativos.
Andamentos é o foco primário, mas associado a estes, teremos de colocar na balança um bom passo, um trote sossegado e um galope amplo. Potras é éguas é comum terem pescoços para o curto, este tipo de animal deve ser evitado, a beleza absoluta nasce de um bom pescoço e suas ligações. A coluna deve ser felina ou transmitir felinidade, com bom trabalho na área do rim e aprumos impecáveis (no legs no horse).
Este é o segredo maior, mas ainda teremos um problema maior, como sustentar o negócio até os produtos destas éguas não entrem no mercado, quase cinco anos.
Na minha ótica temos de investir em produtos em fase de crescimento ou melhor investir na recria, comprar no mercado potros de um , dois e três anos, os quais serão específicos para venda e igualar as contas no final do ano. O segredo aqui é o pé na estrada...visitar, procurar e tomar cuidado com o que se compra, tendo como foco primário que uma venda nasce de uma ótima compra.Estes potros terão de ser comprados aos pares, para que possam-se amadrinhar durante o crescimento.
Recomendo sempre que o melhor negócio na eqüinocultura é vender a barriga da égua, mas hoje temos empresas que precisam de bons cavalos para fornecer a seus clientes criados no decorrer dos anos, trabalhar com estas empresas, pode não ser o melhor negócio do mundo, mas sempre é um bom negócio.
Ter paciência em não “crescer o olho”, ter os pés no chão a pagar as contas do empreendimento, sabendo que o nome cresce no mercado apenas com QUALIDADE e todos estão atrás dela, mas poucos conseguem a ver, nas mutações do crescimento de um jovem potro ou jovem cavalo. Este observar é fruto de muita experiência e adequação do olho. Para mim é a maior dificuldade sempre, quando vejo muitos “pencos”, a minha bitola fica menor, começo a achar que o que estou vendo é bom e depois revendo-o no vídeo e comparando com outros animais, noto que estou errado. Muitas vezes tenho de recorrer às bases reais, ao meu “porto seguro” para renovar o meu olhar. É uma combinação de arte e técnica e é a partir desta combinação que nasce a fascinação, a qual no meu caso passou todos os limites da sanidade, mas lembrando alguns que já se foram; só podemos ser bons no que pretendemos fazer se nos dedicamos.
Voltando aos pastos, as cercas certamente serão elétricas, hoje temos ofertas no mercado as quais fazem a diferença, no aspecto segurança e investimento a longo prazo.
Ai entramos no grande dilema, um leque vastíssimo de informações e animais, GARANHÕES. Minha primeira opção é garanhões trabalhadores, aqueles que fizeram alguma coisa na vida e que preencham as bases zootécnicas em absoluto, sem taras e sem problemas de radiografias e fragilidades. Saber da história de cada garanhão a escolher é fundamental. Muitos suicídios acontecem neste item, uns porque acreditam demais nos papeis, o mais fácil, pois é só ir na cantiga dos outros ou no modismo do tempo, até que este modismo vire a verdade e a carapuça se desmanche e outro tome o seu lugar.
Garanhão deve ser sob medida para cada égua. Aquela história de “jogar” o garanhão às éguas é primitiva. Cada égua deverá ser selecionada para X garanhão, esta é a arte. Bem que temos garanhões “globalizados”, o desejo de consumo de qualquer criador, no warmoblood, poucos no PSL.

Um comentário:

Anônimo disse...

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