domingo, 22 de maio de 2011

ANALISE DOS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS DO PSL NO BRASIL

Deixo claro aqui que esta impressão escrita no Blog é de caráter pessoal e que apenas a minha pessoa é responsável. Nenhum parceiro comercial deve ser relacionado com esta. Aliás, TODOS os meus parceiros e amigos são contrários à minha permanência em qualquer tipo de informativo, seja este pessoal ou de grupo, impresso ou virtual, visto que estes não compartilham dos mesmos ideais e temem por integridade física (visto os últimos acontecimentos). Este Blog é estritamente pessoal. Ninguém tem o direito de amordaçar a minha voz e o meu pensamento, a não ser DEUS em seu julgamento final.

Estive ontem no evento que dá inicio à semana do cavalo PSL no Brasil, aonde encontrei bons e velhos amigos os quais os vejo apenas nesta época do ano, de certo o que de mais alegria me dá. O Leilão Luso Brasileiro é realizado já tradicionalmente quatro dias antes do primeiro potro entrar em pista na Internacional de São Paulo, o que o caracteriza como um evento nacional e não internacional.
Em modos gerais, nenhuma mudança dos outros anos foi registrada, a tal qualidade tão apregoada na mídia especifica não aconteceu e raros foram os lotes que mereciam uma atenção maior, fora as duas estrelas do leilão as quais voltaram às origens, Zircônia LS e Quieto (mais uma vez o Haras Modelo é recorde de preço deste evento).
Como já é tradicional, quando adentro ao Leilão e respeitosamente comprimento o seu promotor, este me ameaça com a tradicional frase : - Não vá falar mal do meu leilão, para que eu não fique correndo atrás de vc na Exposição. Uma atitude patética e sem sentido algum. Se existe a critica, ela sempre é construtiva. Na realidade, o que mais me chocou foi o desleixo que este "promotor" tratou aqueles que acreditaram em seu evento, principalmente dirigindo-se aos presidentes da CBH e FPH de forma pouco educada e polida (inadmissível!), induzindo a todos, o já verificado por aqueles que vivem no meio, o total controle do "promotor" deste evento sobre estes em todos o níveis dos termos, de certo os piores, com a frase literal dita na apresentação dos mesmos: - Porra, levanta ai! Esta frase traduz tudo o que existe de pior na CBH e na subjugação desta a certos poderes ocultos, inclusive impõe a esta uma certa culpa, induzindo-nos a pensamentos do pior tipo o qual não acreditamos existir e não queremos que exista na nossa sociedade eqüestre, a qual a imparcialidade e a distinção deveriam ser as palavras a serem preservadas religiosamente. Cabe a mim como o único jornalista INDEPENDENTE equestre no Brasil, denunciar abertamente, sem medo de represálias.
Mesmo sendo o leilão uma aula de marketing, o qual me atrai mais pela busca e identificação das “armadilhas expostas” e o eterno poder de perpetuação de um evento aonde o cavalo não é o principal resultado comercial, mas sim a venda de espaços comerciais e produtos (umas 10 marcas fortes aproximadamente), o que proporciona ser o cavalo e seus seguidores, criadores e pessoas amigas, o link para um resultado financeiro de boas proporções, fato este que a ABPSL se nega a usar por falta de competência e usufruir de um orcamento de bom volume financeiro. A grande aula nos fornecida pelo promotor do evento é como utilizar de todo o sistema que envolve o cavalo para vender produtos os quais já os trabalha profissionalmente em suas empresas de promoção, fazendo deste um evento de baixa qualidade em matéria de cavalos e de alta qualidade em matéria de marketing institucional. Realmente uma ação de “mestre”, e nisso temos de tirar o chapéu, o sujeito é formidável, o melhor do Brasil no setor especifico. Cabe à ABPSL se apoderar deste “know how” que lhe pertence e usá-lo em proveito de toda a comunidade.
Tivemos contato também com o “movimento do barcos”, aonde mais uma vez verificamos que o atual Presidente da ABPSL navega a favor da correnteza, uma correnteza que já se perpetua por mais de 30 anos a qual terá de ser quebrada numa ação cirurgica e profunda no meio. Tenho plena certeza, 5 meses depois da pose da nova diretoria que tudo está igual e permanecerá assim até o final de 2012, ocultando informações e proferindo mentiras. Nosso Presidente está cercado de oportunistas e profissionais os quais o maior interesse são os seus interesses pessoais e depois o cavalo como instrumento de promoção individual e pior, profissional, a mesma filosofia empregada na promoção deste leilão.
Quem acompanha o meu blog, sabe bem que não sou contra este leilão propriamente dito, como nenhum outro, acredito que o mercado é de todos e para todos, mas sou explicitamente contra a venda da "qualidade" mentirosa e irreal. A exposição de frases as quais são mentirosas e iludem os incautos, de certo este tipo de atitude deixa-me arrepiado, pois sei que estas serão responsáveis pelos desajustes do amanhã e inibe definitivamente a evolução individual de cada individuo.
Depois de ter assistido a todos os leilões Luso Brasileiro já produzidos, assim como todos os Seis Estrelas, sinto que este modelo está completamente ultrapassado, que caiu na desgraça da descrença e da falta de interesse da comunidade. TENHO PLENA CERTEZA QUE DEVEMOS MUDAR. Não se pode mais vender ilusões as quais não são verdadeiras e que perpetuam a desgraça da criação nacional do cavalo PSL e inibe o crescimento geral.
A ABPSL terá de tomar as rédeas do negócio de forma inteligente, como já foi defendido por todos os grandes “pensadores” e fazer um leilão de ABSOLUTA QUALIDADE NO SABADO NA EXPOSIÇÃO aonde esta se realizar, não só com estrelas as quais se apresentaram na quinta de na sexta feira anteriormente como produtos que tiveram uma criteriosa seleção no decorrer do ano por seu valor e não por sua marca ou poder financeiro de seu proprietário. Coisa de gente grande, com o único intuito de recuperar a credibilidade perante o mercado de muitos anos de mentiras grosseiras.
Não por isso iremos eliminar os eventos particulares, como os promovidos pela IGS, Retiro, Ilha Verde e muitos outros. Estes serão “engolidos” sistematicamente pela nova formula e pela credibilidade com base na verdade, doa a quem doer.
Hoje mesmo pela manhã acordei mais cedo para ler as duas revistas (Estilo Lusitano e Isto é Lusitano), as quais deveriam ser uma só. As li buscando não ser tendencioso e partidário, mas não consegui terminá-las desta forma. Ambas não promovem o cavalo como deveria e depõem contra o cavalo PSL produzido no Brasil e o mesmo comentário irei tecer ao programa produzido pela Tribuna do Zé, a TV da ABPSL (o qual não é TV e sim um programa comum de internet).
Para ser curto e direto:
1) As fotos de ambas as revistas em nenhuma oportunidade favorecem os cavalos, todos os fotógrafos hoje em atividade no país são péssimos fotógrafos de cavalos (a melhor foto é a do Tulum na contracapa da Isto é tirada por fotografo do Rio de Janeiro, não sendo este especializado em cavalos). Nenhum deles sabe o que é um cavalo, seus defeitos e que partes do corpo deva prestigiar, fora isso não têm o mínimo conhecimento de andamentos e timing de fotos de cavalos e por final, falta arte e sensibilidade. A capa da Estilo Lusitano por exemplo evidencia a “criancinha loirinha” em detrimento do cavalo o qual está em superexposição, deixando de evidenciar a estrela maior do PSL do Brasil do momento, o cavalo Signos dos Pinhais, já qualificado para as Olimpíadas de Londres em 2012, independentemente ao resultado dos pan-americanos. Sendo uma revista OFICIAL, esta deveria ser a capa, coisa de gente grande, e prestigiar realmente quem faz a diferença, a Coudelaria Alegria dos Pinhais e o cavalo de seu ferro Signo dos Pinhais.
2) Monty Roberts – Evidencia-se um senhor o qual nada tem a haver com a nossa raça, o cavalo PSL. Para mim um grande charlatão o qual encontrou na “não violência” um filão de marketing para fazer fortuna mundo a fora. Suas técnicas em nada podem acrescentar ao cavalo PSL, elas são ultrapassadas. De certo já superamos esta fase. Deixo claro aqui que conheço o trabalho deste homem há mais de 25 anos, inclusive tive contato com o mesmo nos EUA faz muitos anos atrás.
3) Nota-se na “Estilo” uma tremenda falta de estilo, na diagramação, como nos textos, sendo uma cópia de mau gosto da revista Cavalos ou mesmo da Isto é Lusitano, uma cópia grosseira aonde por diversas vezes o diretor de marketing da ABPSL se evidencia mais que o próprio Presidente da entidade, um diretor de marketing ao qual diz ser criador, mas na realidade é comprador de cavalos de baixo custo e distribuidor destes no mercado. Um “no sense total”.
4) Vende a cultura portuguesa em demasiado, da Coudelaria de Alter (moda do momento), linha genética a qual historicamente sempre foi rejeitada pelos criadores brasileiros, sem interesse algum para a produção do moderno cavalo PSL. Vimos artigo sobre bolos portugueses e fado, “coisas” que pouco importam para a nossa cultura.
5) Nos artigos técnicos, temos o texto de transferência de embrião o qual vende o Centro de reprodução do veterinário que assina o texto. Outro artigo sobre suplementação alimentar, o qual vende assessoria veterinária do autor do texto. Outro artigo o qual poderia ser interessante sobre a nova geração de criadores, reflete uma falta de foco destes e a falta de informação generalizada, sendo que um deles hoje cria cavalos Warmblood também. Diferente dos grupo de novos criadores portugueses que hoje tomaram o poder em Portugal e estão fazendo paulatinamente a revolução do cavalos PSL em Portugal, estes sim merecedores de artigo de grande qualidade. Por final um artigo com a pergunta: O que está acontecendo com o cavalo PSL? Artigo este escrito pelo terceiro mosqueteiro aonde abusa do “eu”, aonde busca a cooperação do cavalo, um tema ligado ao romantismo de quem nada entende de cavalos e responsável pelo desajuste atual e falta de foco da criação nacional. Todo o artigo dever-se-ia resumir a uma frase e ai pouparíamos papel para o bem da humanidade (aliás papel de ótima qualidade), cavalo que não coopera é “penco” e “penco” terá de puxar carroça. Pais trabalhadores , nos dão filhos trabalhadores. O autor deste artigo no meu entender é um dos responsáveis pela agonia do PSL vivida no Brasil atualmente.
Enfim, artigos os quais irrelevantes ao estágio atual do cavalo PSL do Brasil.
6) Por final, adoraria saber com exatidão o resultado desta revista comercialmente, se ela deu algum tipo de lucro financeiro para a ABPSL. Cabe à ABPSL e honestidade de apresentar o relatório verdadeiro e prestação de contas a seus associados, já que temos a Isto é Lusitano de caráter particular a qual trata do mesmo tema. Sinto um “odor a revanche” nesta publicação, o que de certo é contrária às palavras proferidas por seu dirigente máximo, demonstrando a fragilidade do mesmo perante a comunidade a qual analisa os detalhes do “movimento dos barcos” e traça um perfil, ou melhor, dá nome aos bois.
7) Nestas duas edições deve evidenciar um nome de “qualidade absoluta” em sua campanha de marketing, para o qual tiro o meu chapéu, o HARAS JULIANA. Na contracapa da isto é Lusitano coloca uma foto impecável do cavalo Tulum Comando SN, com os dizeres UM GUERREIRO A CAMINHO DO PAN, utilizando a mídia para fortalecer a formação de opinião da “galera” a favor da seleção do cavalo de sua propriedade, fato este não executado por nenhum outro conjunto em particular. Só por esta astucia de marketing deveria ser selecionada!!agregando-se que o cavalo é um representante do novo cavalo PSL de Dressage, de certo ainda não o ideal, mas a caminho disso. Na Estilo o HARAS JULIANA coloca as filhas deste garanhão à venda e ganhadoras das séries de cavalos novos do CDI*** último. O HARAS JULIANA nos dá uma aula da verdade indiscutível, a da vitória. Tulum é um cavalo que aprendi a respeitar e hoje orgulho-me de ter revisto os meus conceitos. ISTO É UMA FOTO DE UM CAVALO (pena que não tem o nome do artista).
8) Já a revista ISTO É LUSITANO vêm com melhores fotos e diagramação e notamos em ambas diferentes anunciantes o que promove a minha idéia de fazer-se uma única revista com projeção INTERNACIONAL do nosso cavalo, viabilizando assim uma campanha mais ampla com maior numero de unidades impressas. Cabendo à ABPSL, apenas um informativo administrativo e resultados VERDAEIROS dos eventos da raça, de forma barata, numa edição tipo jornal e P&B, fazendo com que o dinheiro seja direcionado ao fomento, utilizando melhor dos meios virtuais para vender o seu produto de forma mais acessível a todos. O mau uso da Internet e o gasto nesta revista ESTILO LUSITANO, mostra claramente a falta de conhecimento em termos gerais do mercado de cavalos no mundo.
TV da ABPSL – Ontem mesmo tive o privilégio de dizer pessoalmente o que penso deste projeto que já nasce MORTO se mantiver os mesmos moldes impostos pela Tribuna do Zé que na realidade é a Tribuna da SASA e do atual Presidente da ABPSL. Sem o apoio da SASA de certo esta iniciativa já estaria falida. O adjetivo encontrado é HORROSOSO e tiveram a habilidade de encontrar uma péssima apresentadora sem a mínima identificação com a raça e o cavalo Puro Sangue Lusitano. Algo andrógeno sem sentido. De certo levará nos próximas edições as linhas editoriais aplicadas à revista Estilo Lusitano o que forçará a uma oposição gradual e cada vez mais ativa a soluções de marketing que depõem contra a raça e o cavalo PSL produzido no Brasil mostrando uma realidade deturpada e de ficção. Vamos esperar as próximas edições, mas de certo este projeto deveria ser apresentado pela ABPSL e não por empresa particular a qual usa indevidamente o nome de uma Associação de raça, mostrando a manipulação do nome a favor de X ou Y criador ou grupo.
Fica claro que minha voz não pode calar, fica claro que ela permanecerá perseguindo dias melhores para TODOS, analisando permanentemente a manipulação que este corpo diretivo faz de uma marca que é de todos nós, O CAVALO PURO SANGUE LUSITANO.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

UM DIA HISTÓRICO PARA O ADESTRAMENTO DO BRASIL

29 conjuntos inscreveram-se no CDI*** na FEI Prix St. George no dia 13 de Maio de 2011, sendo vencedor desta seletiva para os Jogos de Guadalajara 2011 na modalidade, o cavaleiro Leandro Aparecido da Silva com o cavalo VDL L’Acteur de propriedade do empresário Paulo Cesar Antunes Salles.
Além do record de inscrições, verificamos pela primeira vez em anos a vitória de um cavalo de origem européia nesta competição e também nas seletivas realizadas no Brasil. L’Acteur foi seguido do Veleiro do Top (PSL), Tulum Comando SN (PSL) e Xaparro do Top (PSL). Outra diferença de outros concursos é quem ficou nas primeiras colocações se chamam; da Silva, dos Santos, Pereira Junior, Senhorine o que mostra que o Dressage praticado no Brasil têm todos os ingredientes para ser um esporte popular. Apenas não o é devido a uma ação deliberada e protecionista da CBH em manter este esporte trancado a sete chames dentro de Hípicas, ou melhor 3 Hípicas no Brasil.
Notou-se também uma grande discrepância de notas entre os juízes, no caso mais gritante do animal Xaparro do Top, montado pelo Sr. Senhorine com uma diferença percentual de 7 pontos entre o Juíz em M, Sr. Salim Nigri (BRA) 65.526% e a Juíza em E Marietta Almasy (FRA) de 72.237%. Este tipo de atitude “quebra o caboclo no meio”, um cavaleiro que merecia vencer é vencido, será que é porque tem o sobrenome Senhorine? Acredito que não seja mesmo, acredito que seja devido ao seu animal hoje estar inspirado e o Sr. Juiz do Brasil o conhecer de outras “paradas” sem que o mesmo estivesse tão inspirado assim. Por acaso este Juiz também é o Diretor da CBH, será que existe alguma composição no meu pensamento? Outro problema do Sr. Senhorine é o seguinte: Com um cavalo complicado, ganhou de todos os outros elementos de sua equipe, nada mais, nada menos que os proprietários da Coudelaria VOUGA, Luísa, Manuel e Pedro Tavares, todos eles montando cavalos PSL importados de origem européia. Engraçado não!!!
Vamos às coisas boas, vimos o retorno do fantástico XAMA dos Pinhais, o melhor cavalos de Adestramento do país da raça PSL (ele o é porque já teve ofertas internacionais acima de US$350 mil dólares), depois de 6 meses de recuperação de um acidente de trabalho cobrindo uma égua no haras. Como todo o recomeço é difícil, mas já verificamos a razão de ser o cavalo mais cotado para estar na equipe do Brasil em Guadalajara fazendo uma prova regular com os cinco juízos mais equilibrados em suas notas, marcando os ótimos 67.211%. Desta vez quem penalizou o XAMA foi a Juíza nacional Claudia Mesquita dando um 66% contra os 68% dos juízes estrangeiros. Meu parecer nisto tudo de “juizada” é ter a certeza que ninguém faz por mal, ou visando prestigiar um em detrimento de outro, acho mesmo que é falta de conhecimento, ambos os juízes brasileiros foram no passado cavaleiros medíocres, já diferente da Sra. Almancy a qual participou do mundial eqüestre de Roma em 99, eu vi estava lá. Francamente precisamos em concursos CDI*** desabilitar os juízes do Brasil e apenas ter juízes estrangeiros e com uma rotação absoluta, de preferência escolhidos pela FEI e não pela CBH.
Pior ficaram as categorias de cavalos novos, o coração do negócio, aonde os cavalos são julgados por pessoas que nunca fizeram um cavalo na vida, nunca venderam um cavalo e não sabem distinguir o que é uma coluna suple de uma menos suple, não sabem a diferença entre um andamento “swingado” e um andamento marchado, porque nunca tiveram a experiência necessária para aprofundar este conhecimento, este é o maior absurdo de todos. Tudo isto originou a debandada dos criadores destas categorias por não se sujeitarem a serem julgados por este “tipo” de juiz, o qual tem obrigatoriamente de ser conhecedor de cavalos novos e tudo o que os rodeia. Hoje mesmo ouvi um dos poucos proprietários presentes afirmando que não mais viria competir. Para informação, um país como o Brasil teve no maior concurso de Adestramento do ano, uma inscrição nos 5 anos e 3 inscrições nos 4 anos cavalos novos, digam-me se isso é possível? Este numero demonstra o total desinteresse dos criadores de exporem os seus produtos, como é o desinteresse da CBH em fomentar o Adestramento num país de nome Brasil (continental). Por outro lado têm todo o interesse em receber as taxas de importação de cavalos europeus a 2.800 reais cada um que entra no país. A pergunta é: para onde vão estes milhões de reais arrecadados, aonde está a prestação de contas de tudo isto.
Na minha cabeça só vem a imagem de uma foice cortando o trigo, talvez este pensamento pretenda significar alguma coisa. Certamente o martelo servirá para construir um novo amanhã no país dos Silvas, dos Santos e dos Juniores.
Infelizmente uma andorinha não faz nenhum verão e assim permanecerá igual, pois a mídia está absolutamente dependente da CBH e por ela escravizada, pelo menos a de São Paulo e se vc é valente e expõe os seus pensamentos, ai vc é fichado, julgado e a sentença quase sempre é fazer o sujeito passar fome para ver se ele “amança” um pouco.

COMO FAZER UMA PRODUÇÃO DE CAVALOS PROVER LUCROS.

Como ganhar dinheiro criando cavalo?

É uma pergunta fluente em meu ser. Meu amigo já falecido João Oliveira me dizia que criar cavalos era o jeito feliz de gastar grande fortunas. Devo descordar desta afirmação, pelo menos lutei contra ela toda a minha vida.
Hoje o cavalo no mundo representa o elo entre o homem e a Natureza, com outra premissa de grande importância e o único esporte olímpico aonde a sexo feminino compete em igualdade de esforços com o sexo masculino e aqui entre nós, em plena vantagem, pela dedicação e tempo para dispor, o que é muito comum no hemisfério norte, mulheres na “melhor idade”, com filhos já criados, o cavalo torna-se um grande companheiro, favorecendo todos os aspectos hoje importantes na mulher, a saúde, o corpo e sua textura muscular, a vida sexual. Recentemente ouvi uma palestra de uma psicólogo “nada a haver” com cavalos a qual indicava atividades físicas para empresários que trabalhassem a área pélvica do corpo para equilibrar as energias.
Mas o que isso tem a haver com cavalos? Resultados financeiros? Tudo a meu ver. O Brasil está crescendo, o interior agrícola mais que as cidades já estabelecidas, aonde seus habitantes lutam contra o tempo e esquecem-se de viver ou encolhem-se em nichos urbanos, aonde o verde, a terra e a natureza cada vez ficam mais longe e caro.
Primeiro e mais importante fator na criação de cavalos é agregar a família, seja no esporte ou na produção. Isso de certo tem um valor, mas não é deste valor que tento aqui defrontar-me.
Vamos supor por exemplo que o Senhor X procurou-me para iniciar uma criação. Qual a minha primeira atitude? Terra, qual a qualidade desta, o seu equilíbrio e qualidade para a produção de feno. Qual feno? Coast Cross, amplamente divulgado e de fácil manejo em quase todo o território nacional de bom teor protéico e de ótima palatização pelo cavalos em todas as suas fases de crescimento.
Viajo muito atrás de cavalos, 30 anos “no stop” e por isso vejo muito os erros e os acertos por ai.
Uma coisa tenho a certeza, ter dinheiro não significa sucesso nesta empreitada. De certo colabora com uma fração caso ele chegue um dia. O grande segredo é a informação e o “filling”, a facilidade em observar o movimento e seus detalhes, sem perder o bom gosto, uma noção ímpar da estética do movimento, como o ballet.
Vejo muitos lugares “over” em tudo o que o dinheiro pode dar, belíssimos picadeiros, áreas muito cuidadas, belos jardins até belos pastos, mas ao mesmo tempo, vejo péssimos pisos de picadeiros e ausência de boas éguas no pasto, o que reflete em tudo.
Como começar? Já falamos de pastos, com algum dinheiro podemos os produzir, tendo em mente que terão de descansar, por isso, computar um alqueire de terra por égua não é um número absurdo numa produção comercial.
Caso não tenha dinheiro para investir em “galinhas dos ovos de ouro”, aquelas éguas que seguram a bronca com qualquer garanhão, sairia à procura de potras de boas famílias, família trabalhadoras, linhagens de cavalos que fizeram alguma coisa na vida. Nem todo o mundo sabe olhar uma potra e por isso as chances de acertar no “milhar” aumentam e os preços são muito atrativos.
Andamentos é o foco primário, mas associado a estes, teremos de colocar na balança um bom passo, um trote sossegado e um galope amplo. Potras é éguas é comum terem pescoços para o curto, este tipo de animal deve ser evitado, a beleza absoluta nasce de um bom pescoço e suas ligações. A coluna deve ser felina ou transmitir felinidade, com bom trabalho na área do rim e aprumos impecáveis (no legs no horse).
Este é o segredo maior, mas ainda teremos um problema maior, como sustentar o negócio até os produtos destas éguas não entrem no mercado, quase cinco anos.
Na minha ótica temos de investir em produtos em fase de crescimento ou melhor investir na recria, comprar no mercado potros de um , dois e três anos, os quais serão específicos para venda e igualar as contas no final do ano. O segredo aqui é o pé na estrada...visitar, procurar e tomar cuidado com o que se compra, tendo como foco primário que uma venda nasce de uma ótima compra.Estes potros terão de ser comprados aos pares, para que possam-se amadrinhar durante o crescimento.
Recomendo sempre que o melhor negócio na eqüinocultura é vender a barriga da égua, mas hoje temos empresas que precisam de bons cavalos para fornecer a seus clientes criados no decorrer dos anos, trabalhar com estas empresas, pode não ser o melhor negócio do mundo, mas sempre é um bom negócio.
Ter paciência em não “crescer o olho”, ter os pés no chão a pagar as contas do empreendimento, sabendo que o nome cresce no mercado apenas com QUALIDADE e todos estão atrás dela, mas poucos conseguem a ver, nas mutações do crescimento de um jovem potro ou jovem cavalo. Este observar é fruto de muita experiência e adequação do olho. Para mim é a maior dificuldade sempre, quando vejo muitos “pencos”, a minha bitola fica menor, começo a achar que o que estou vendo é bom e depois revendo-o no vídeo e comparando com outros animais, noto que estou errado. Muitas vezes tenho de recorrer às bases reais, ao meu “porto seguro” para renovar o meu olhar. É uma combinação de arte e técnica e é a partir desta combinação que nasce a fascinação, a qual no meu caso passou todos os limites da sanidade, mas lembrando alguns que já se foram; só podemos ser bons no que pretendemos fazer se nos dedicamos.
Voltando aos pastos, as cercas certamente serão elétricas, hoje temos ofertas no mercado as quais fazem a diferença, no aspecto segurança e investimento a longo prazo.
Ai entramos no grande dilema, um leque vastíssimo de informações e animais, GARANHÕES. Minha primeira opção é garanhões trabalhadores, aqueles que fizeram alguma coisa na vida e que preencham as bases zootécnicas em absoluto, sem taras e sem problemas de radiografias e fragilidades. Saber da história de cada garanhão a escolher é fundamental. Muitos suicídios acontecem neste item, uns porque acreditam demais nos papeis, o mais fácil, pois é só ir na cantiga dos outros ou no modismo do tempo, até que este modismo vire a verdade e a carapuça se desmanche e outro tome o seu lugar.
Garanhão deve ser sob medida para cada égua. Aquela história de “jogar” o garanhão às éguas é primitiva. Cada égua deverá ser selecionada para X garanhão, esta é a arte. Bem que temos garanhões “globalizados”, o desejo de consumo de qualquer criador, no warmoblood, poucos no PSL.

terça-feira, 3 de maio de 2011

PENSAMENTO E HISTÓRIAS II

A busca pela constante seleção do plantel e descoberta de novos potenciais genéticos, fazem desta atividade, algo ímpar nos dias de hoje. Um mix de hobby, beleza estética, conhecimento e amor à natureza em sua forma mais plena, a renovação da vida.
Não existe o ideal na inteligência, como não existem pessoas plenamente inteligentes em todos os sentidos desta, mas existem sim pessoas mais aplicadas e por isso com maior informação e desta forma com maior facilidade na utilização de sua perspicácia aonde poderemos traduzir em inteligência especifica para esta atividade.
Fora a filosofia que uma arte nos permite. No meu entender criar cavalos é uma arte em constante movimento e evolução, aonde um dia irá encontrar-se com a clonagem, fazendo com que a diferenciação resuma-se apenas ao ventre, ao ambiente de crescimento do produto, ao equilíbrio alimentar e por fim ao equitador e por fim ao piloto.
Enquanto estes tempos não chegam, à que imaginar o cavalo ideal e segui-lo. Francamente nunca o vi, mas o tenho em minha mente com perfeição e aqui entre nós 80% é um cavalo Puro Sangue Lusitano, aonde deposito a maior fatia deste ideal ao tal espírito “sofredor” e depois a sua beleza única de linhas e ângulos.
Todos concordamos que devemos a isso a seleção para a guerra e para as touradas, esta é a base. O cavalo moderno requer mais que isso, requer um cavalo com grande capacidade aeróbica, traduzindo em miúdos, que durante o esforço para começar a queimar as células e que estas sejam trabalhadas para não afetar os tecidos. Jack Le Goof já nos mostrou isso na prática há 30 anos atrás. Durante este período, de 1976 até os dias de hoje a raça PSL ficou adormecida neste detalhes, o qual parece surgir agora com os novos pensadores, através da retirada do domínio retrogrado da burguesia que dirigia a raça no mundo a favor de técnicos e uma nova geração plugada com a lucratividade e a competição, nada mais saudável.
Só nos falta o ICEP entender que o melhor produto que Portugal tém é o cavalo Puro sangue Lusitano, ele representa os marcos dos colonizadores deixados mundo a fora, com uma diferença, eles podem-se apresentar em qualquer terreno estrangeiro, do Canadá à nova Zelândia, da China ao Sul da Argentina.
Na minha ótica particular falta-se entender que o cavalo PSL é do mundo e que o dono da raça são os portugueses. Falta aos portugueses a humildade de ouvir os outros países e plugarem-se no que de melhor existe em pesquisa, tecnologia, informação e marketing, garantindo assim bons negócios para todos. É devido a este detalhe o qual precisamos renovar as pessoas.
Hoje considero a pessoa mais importante da raça o Sr. Vasco Freire, pelo simples fato de conhecer o mundo, de ter vivido as últimas décadas atrás do cavalo ideal na idéia dele, com um detalhe importante, nunca ter sido cavaleiro, mas com uma sensibilidade fora do comum pelo conjunto da obra. Olhar para o Sr. Freire e para Schockemöhle hoje é uma obrigatoriedade para quem gosta desta arte de criar cavalos.
De certo precisamos de ajustes, questionar sempre o que nos é apresentado numa bandeja, refletir e comparar. A simples cópia não nos trás a diferenciação e pior, não nos dá o risco de tentar evoluir, façanha a qual só é permitida a quem atinge uma plenitude de conhecimento interior o qual permite a analise dos mínimos detalhes tendo sempre como norte as bases, aliás ensinamento proveniente do cavalo. Sem bases sólidas não existe a progressão do ensino e se eventualmente ela bier a acontecer, não será permanente, em algum estágio a coisa irá andar mal. No cavalo PSL, esta solidez das bases, uma maior preocupação com a longevidade atlética nesta fase se faz absolutamente necessária, sendo que uma vez atingida, a progressão é rápida e segura, sendo que esta raça nos mente muito devido ao tal “espírito de sofredor”, ela nos dá sempre mais do que pedimos e esta é a característica fundamental que diferencia este cavalo dos outros e que infelizmente tornou-se a própria armadilha. Se me perguntassem por onde começaria a seleção deste cavalo, diria que seria por este aspecto, o qual jamais poderemos olhar para ele, mas sim apenas o podemos sentir e pior, só alguns o poderão sentir.
Para darmos um tiro direto na mosca, devemos com urgência absoluta mudar as formas de julgamento dos reprodutores. Cavalos com Taras, fora. Irregularidade de Aprumos fora, radiografias com problemas fora (infelizmente sabemos que nem todos os cavalos estes problemas são provenientes de aspectos genéticos), mas é um risco grande não o fazer.
Depois desta seleção aonde 60% dos cavalos serão afastados, estes terão de ficar em isolamento e serem testados em suas funções aeróbicas, mas acima de tudo em sua MONTABILIDADE. Isso só conseguiremos com precisão com a experimentação dos animais por grupo de pessoas de extrema experiência e bons cavaleiros, aonde o “assiette” seja a favor do movimento. Esta seleção no Brasil por exemplo, nos fecha num leque de no máximo cinco cavaleiros em todo o país. A seleção é simples destes cavaleiros, é filmá-los e vê-los quais destes montam a favor do movimento e quais aqueles que montam contra o movimento do cavalo.
Coloca-se os futuros garanhões por um mês em um local seguro e estudamos cada individuo. Estes passando nesta fase, estarão habilitados a reproduzir com cotas pequenas, aonde será assegurado apenas cotas maiores quando e somente seus filhos começarem a aparecer nas exposições até os 4 anos e depois nas competições. Este gráfico percentual será o guia para permitir-se ou não esta progressão de cotas de coberturas superiores. ESTE É O CAMINHO, qualquer caminho fora desta filosofia é tapar-se o sol com a peneira.
Ai entra a política, um congresso mundial de líderes da raça (primeiro a identificação destes mundo a fora), aonde Portugal fará o seu papel de regência disto tudo e lá serão aprovadas as normas as quais colocarão o cavalo PSL na vanguarda das raças esportivas do mundo, pois terá a seu favor os trabalhos já realizados em outros países com sucesso com ligeiros ajustes de adequação, sem tanto ao mar, nem tanto á terra.
Se eu fosse o dono da raça, faria deste jeito.
Outro aspecto importante é catalogar todos os animais existentes de grande potencialidade na raça vivos, éguas e cavalos. para isso alguém terá de viajar e filmá-los para julgamento. Serão centenas de animais, um trabalho que incluirá diversos países, entre eles a França, Brasil, México, EUA, Espanha e Portugal, os principais países.
No caso específico do Brasil, já que em Portugal a prática Eqüestre tem outro relevo, fazer com as pessoas montem mais a cavalo. Fazerem-se centros de desenvolvimento da Equitação em grandes centros e viciar as pessoas. Falo viciar porque um dia o qual tivermos a felicidade de “centaurizar” num cavalo, jamais perderemos esta impressão na vida. Sabemos que para “centaurizar” demora, mas se não começarmos a plantar esta semente, jamais chegaremos lá. São Paulo é uma cidade de 20 milhões de pessoas, quase a população de Portugal e não tém nela um centro eqüestre independente de qualidade a não ser as duas hípicas elitistas e de difícil acesso, sendo hoje o Brasil um país emergente, com um palmares nos esportes eqüestres invejável, assim como o segundo maior produtor de raças eqüinas registradas em Stud Books no mundo.
Para agregara a tudo isto, temos uma Olimpíada na porta e o Hipismo sempre foi responsável por medalhas, o que facilitaria a ajuda do Estado para a formação de uma Escola Nacional de Equitação, sendo que esta ficaria encarregada de implementar em outros estados o mesmo projeto, de forma sustentável. Serão estas escolas que irão receber os cavalo medianos. Só para se ter idéia numa breve pesquisa feita por minha pessoa em 5 bairros da cidade de São Paulo, existem mais de 500 mil crianças matriculadas em Escolas particulares, os números são enormes, sendo que este final de semana fui num concerto no maior parque da cidade da orquestra filarmônica de Berlin e os 3 primeiros patrocinadores deste espetáculo gratuito para o povo são marcas aonde os seus proprietários tém vínculos estreitos com o Cavalo e todos criam cavalos, Mantecorp, Votorantim, Bradesco. Francamente, falta apenas querer fazer, mas para isso precisa-se de um grupo de pessoas empenhadas.
Com isso obteremos a seleção e a pratica, uma não anda sem a outra, pelo fato que precisa-se de “grana” e grana provém para o criador através da venda de produtos.
Outro ponto importante em termos de vendas de cavalos é a ABPSL. Lembro-me que no passado esta fazia leilões, etc, existia um movimento, hoje nada existe. O programa de venda de cavalos na ABPSL é mascarado e investe contra a raça, ele é medíocre na sua essência, péssimas fotos, sem vídeos, sem garantias de nenhuma forma. Alguém terá de ser responsável por este programa de vendas e não deixá-lo ao acaso apenas ao mercado. Caso exista um programa bacana de venda de cavalos, sim poderemos faturar até 10% em cada Vanda, revertendo este valor para a ABPSL e seus projetos de fomento.
Assessoria de imprensa é imprescindível. Ela terá de criar a notícia e colocá-la nos meus de comunicação, através de contatos e não por dinheiro. O que temos hoje não funciona a não ser para alguns. Nos últimos dias ando pesquisando sobre um tema interessante o qual surgiu de uma palestra para empresários o qual tive o privilégio de ouvir. A sexualidade e o cavalo (calma!!) . Explicarei: - Quando solteiro, escolhia minhas namoradas (quase todas amazonas) pelo jeito que estas montavam a cavalo, como elas centaurizavam, seu “assiette” e sua descontração em relação ao ritmo proveniente do cavalo. Outro dia o tal palestrante falou-me sobre a divisão de energias dos empresários e a razão ela qual alguns são ruins sexualmente e explicou que era devido a estas energias concentrarem-se demais na região superior do corpo e que estas pessoas deveriam procurar trabalhar a parte inferior de seu corpo, mais especificamente a região pélvica para terem uma vida saudável. Este exemplo que vos dou aqui terá acesso direto a todas as revistas de sustentabilidade e saúde do país, fazendo o cavalo o centro das atenções. Outro artigo dentro da mesma linha são os benefícios na mulher nas questões relativas a sua manutenção da forma física, principalmente mulheres com mais de 40 anos. ISTO É TRABALHO DE JORNALISMO, isto é criar artifícios reais para ter acesso à mídia, tendo o cavalo como tema central, sem falar nos temas família e seus benefícios, ampliando-se para a técnica específica de eqüinocultura.
Precisa-se de um programa via internet que fale especificamente de temas técnicos, que aborde todos os temas, de genética a pastagens, de doma a alta competição. Esse programa hoje é de baixo custo comprado a 10 anos atrás, uma pessoa o faz sozinho praticamente, apenas precisa-se do conhecimento e de não matar este profissional de fome. O problema de certo será mostrar-se os caminhos e “furar os olhos” dos malandros. Eles não aceitariam pois estão no poder e o seu interesse é manter os outros “burros” para que possam furar os olhos dos outros com mais facilidade, através das eternas mentiras.
Só estas 3 atitudes as quais desenvolvi aqui já fariam a revolução.
Fui....há que trabalhar.

domingo, 1 de maio de 2011

HISTÓRIAS E PENSAMENTOS

Já havia decidido no principio deste ano mudar o meu foco para textos técnicos, os quais busquem o dialogo e algumas respostas. Faz muitos anos que ando nesta vida de cavalos, como cavaleiro internacional, jornalista especializado filiado à IAEJ e International Group For Qualifications In Training Horse and Rider em seu nível máximo, formado na Escola Militar de Mafra nos anos 80 e ter produzido cavalos de nível internacional, assim como cavaleiro, nas 3 modalidades olímpicas. Olho para os lados e não vejo no meu país ninguém com o meu palmares a não ser um “monte de paraquedistas”. Comecei a seguir as Competições internacionais “in loco”, nos Jogos pan-americanos de Caracas em 1983, sendo no total 5 PAN’s (Havana, Mar Del Plata, Winnipeg, Santo Domingo Rio e 3 mundiais (Estocolmo, Haia, Roma) e 4 Olímpiadas (Los Angeles,Seul, Barcelona e Atlanta) sendo que hoje assino a FEI TV e Clipmyhorse.de, o que de melhor existe para quem busca a informação verdadeira, a da vitória. Neste meio tempo escrevi o “melhor livro de Equitação do Brasil”, apenas comparado aos antigos do Sr. Furtado (Equitação Prática). Francamente, muitos condenam-me por ser humilde demais em minhas considerações. Um sujeito que montou com Nuno de Oliveira, Reiner Klimke, Nelson Pessoa, Renildo Ferreira, Michael Matz, Virginia Leng, algo não está certo. Já vendi mais de 800 cavalos em vendas diretas (jamais em leilões), sendo 300 aproximadamente feitos por minha pessoa. Amo vender cavalos pelo simples fato de levar a felicidade para alguém, ver na pessoa um sorriso, principalmente amo vender cavalos para crianças e adolescentes, pois sei que fazendo a venda correta, transformarei a personalidade destes e exemplos não me faltam. No meu entender o esporte eqüestre é o melhor e mais completo no mundo para a formação do individuo, ele o regula, os hiperativos entram no ritmo sem remédios e os mais “lerdos” aprendem através da auto confiança a adequarem-se ao mesmo ritmo. Conviver com as poucas vitórias e muitas derrotas de certo é uma grande lição.
Alguns afirmam que sou uma pessoa difícil. Dentro desta ênfase fiz um desafio publico já faz quase 4 anos para quem souber de alguma falta de conduta de minha parte, comprovadamente, tenho uma poupança esperando por ele, pelos rendimentos deve estar por volta de US$2.700 dólares. Não conheço nenhum “louco” que tenha feito algo parecido no mundo. Nunca ninguém apareceu para resgatar este montante financeiro. A minha palavra de ordem é INTOCÁVEL, o que de certo me enche de orgulho e por mais “tiros” que queiram me dar (literalmente), nenhum me acertou até hoje.
Abracei o cavalo Puro Sangue Lusitano pela raízes e pela história. Desde muito jovem, falo de 6 ou 7 anos de idade, meu motorista na Lourenço Marques em Moçambique, levava-me para ver touradas, ele era quem fazia a bandarilhas utilizadas nas corridas, o Sr. Pinheiro, a última vez que o vi fazia o mesmo serviço no Campo Pequeno em Lisboa. Como jovem, fora as touradas, gostava mesmo era de andar a cavalo em Lourenço Marques e uma das minhas mais doces lembranças é galopar entre as palhotas em direção à praia pelos caminhos de terra, aonde passava o meu dia na companhia de meu cavalo. Isso tudo devo a minha mãe, senhora esta respeitada em toda a comunidade local, o que tornava-me intocável, era ela que cuidava dos postos de saúde daquela região e mesmo sendo uma senhora de bastantes poder financeiro, tratava das feridas dos mais necessitados, nunca tornei a ter contato com alguém igual a esta Senhora que por sorte era minha mãe. Até hoje nunca soube de história parecida, de uma enfermeira paraquedista, esta sim bem mais “louca” que eu, a qual despediu-se de Moçambique, da cadeia direto para o aeroporto (experiência a qual lembro ter contado ser de grande valia por ter conhecido lá mulheres de grande valor), deixando tudo para trás, nunca mais retornou a África. Impossível não ter “bronca” de Portugal, Sr. Almeida Santos (depois ministro em Portugal) era o advogado de minha família durante anos em Moçambique. O Otelo Saraiva de Carvalho foi colega de Liceu de meu pai. De certo foi a pior descolonização que o mundo já viu. Anos mais tarde, um professor o qual adorava de paixão, Cel. Vasconcelos Porto e outro grande mestre Cel. Marinho Falção, convidam-me para fazer o curso de instrutores em Mafra. Conheço o Cel. Jorge Mathias, já amigo de minha família de Moçambique. Foram momentos os quais jamais sairão de minha memória, a tapada de Mafra, as noites na companhia do João Oliveira, a Ericeira e as sapateiras, as noites de queijos e vinhos na sala dos Oficiais e a “overdose” de cavalos, nunca vi nada tão duro como Mafra em 87 no curso de Instrutores, dos 6 alunos do curso, apenas eu e o hoje Cel. Cruz Silva terminamos e recebemos o diploma * (foto ilustrativa).
Em 1992 algo de novo acontece, já montava cavalos de uma proprietária na Hípica Santo Amaro da Sr. Maria Besenbach, esta Sr. foi responsável pela produção de quase todos os cavaleiros de cavalos PSL na atualidade no Brasil, sendo para mim mais importante do que o renomado Tony Pereira, que na realidade era um vendedor de carros que descobriu que comprar cavalos em Portugal por mil contos e os vender no Brasil por fortunas, era um ótimo negócio, já a Sra. Besenbach fazia a roda girar no Brasil, comprando cavalos “made in Brasil”.
1992, Aldo Araújo Pinto, uma personalidade o qual no meu entender fabricou o mito Vasco Freire. Ele era um péssimo criador de cavalos mangalarga e certo dia a convite do hoje renomado diretor de cinema Jaime Monjardim viaja a Portugal e o Sr. Vasco Freire faz o mesmo que o Sr. carvalho Nunes vez por ano a fio, o leva para comprar cavalos PSL, é desta iniciativa que o Sr. Freire, já amigo do grande pensador Eng. Alfredo Batista, um dos maiores pensadores do cavalo Lusitano do mundo, com um livro pronto o qual ninguém consegue editar. É desta parceria Aldo (multimilionário) e Vasco a qual proporciona a maior revolução na raça até os dias de hoje, o tal Veiga /Andrade, um F1 o qual ganha tudo ou quase na década de 90 em Portugal, fomentando a exportação de centenas de cavalos para o Brasil e para o mundo. Uma destas vitória é o garanhão de nome DISTINTO de ferro Coimbra, até hoje o único Campeão dos campeões por unanimidade na Internacional de Lisboa. Quando este garanhão chega ao Brasil, quem o monta sou eu, mas sempre sofrendo muitas criticas do Sr. Freire e eu louco para passar do Hunter Seat, minha especialidade por anos para o Adestramento, aonde já vinha com bastantes bases de Mafra,mas ainda com fortes ligações à Equitação Esportiva, começando a diluir tudo o que havia visto e aprendido no final da década de 80 em Portugal. De certo esta parceria herda o já iniciado por Tony Pereira e amplia com mais profissionalismo comercial, com um Sr. Aldo A. Pinto, o dono do dinheiro e Sr. Freire com a expertise e estes fazem a festa. Nesta década viajo a Portugal muito para acompanhar a Internacional de Lisboa como jornalista e de certo sempre foram momentos ímpares e nestas viagens conheço uma pessoa muito importante hoje para mim, o Lic. Juan Del Valle Alvarado do México, o qual me abre as portas do mercado mexicano.
Em 2000 conheço o meu grande amigo dos dias de hoje, José Carlos Garcia, orgulho-me de nunca ter trabalhado para este diretamente, mantendo sempre um relacionamento de amigos os quais fazem negócios juntos o que tornou tudo sempre muito salutar e equilibrado.
Nunca me esquecerei da primeira frase que este jogou na minha cara no primeiro dia que visitei o Haras Modelo. – Nuno, tu deves ser muito bom ou muito ruim para trabalhares há tantos anos com o Aldo A. Pinto. 11 anos depois acho que a resposta era a primeira alternativa. Foi ele também que fez o primeiro desafio de tentar saber o que ocorria com tanta perseguição a meu nome no PSL já naquela altura e de certo brinca até hoje dizendo que nada encontrou. Juntos criamos o melhor e mais eficiente programa de venda de cavalos PSL do mundo, são mais de 250 cavalos vendidos para todo o mundo, desde Nostradamus do Top, Vulção dos Pinhais entre muitos que se perderam mundo a fora, uma grande dor que tenho hoje, todos os cavalos vendidos para madames, em exceto do Que Ba HM, perderam-se na mãos de amadores, nunca tiveram acesso à foto, falo em mais de 200 cavalos PSL, entre eles Quatrilho HM e Solar HM. Ontem (literalmente) pela primeira vez por unanimidade escolhemos um potro que não têm preço de ferro HM de nome maravilhoso DINAMICO HM (Portugal em Dinâmica Itapua), o qual já nasce com uma história ímpar. Dinâmica sua mãe no passado foi uma égua montada, uma das primeiras no Brasil, veio a morrer e nada de significativo havia criado, sempre cavalos regulares com diversos garanhões. Já velha, letra “D” nos dá o Dinâmico HM, seu último potro nascido.
Fazendo um pequeno adendo aqui, referente a éguas de idade, não concordo com a postura de alguns em afirmarem que estas depois dos 20 anos nada mais produzem. No Brasil temos a famosa Cenoura, produziu bons cavalos depois do 20 anos, inclusive o melhor cavalo do Brasil atualmente, Xama dos Pinhais. Temos de rever este conceito em épocas de transferência de embrião com urgência. No meu entender o ditado popular, panela velha é que faz a melhor comida, no caso das éguas está valendo e boas éguas amigos são aqueles que seguram a “bronca” com qualquer garanhão, coloca-se um “Penco” nela e ela joga no chão um cavalo comercial. Todas estas éguas no mundo terão de ser identificadas, este é o mais importante trabalho a ser executado na raça, formar o livro das éguas BALUDAS. Estas éguas terão de ser selecionadas já, elas são a segurança de manter a raça num padrão desejável no futuro, sem esta pesquisa estamos invariavelmente mortos em 15 anos. A dura competição vai nos achatar e jogar no mar, ficaremos sempre dependentes de expoentes do caso.
Em 1997, estava eu na companhia do amigo de décadas o Eng. Énio Monte, aquele mesmo que juntamente com o Dr. José Monteiro fazem o primeiro embarque de cavalo Lusitanos para o Brasil logo depois da Revolução dos Cravos e decidimos em conjunto pela formação do ANDALUZ BRASILEIRO, o que era nada mais que dizimar no mercado dos cavalos SRD e raças tradicionais regionais do Brasil o sangue criado pelo ferro Itapuã referente ao cavalo Ibérico, nada mais que uma sacada comercial brilhante. Por sorte, através de meu intermédio na mesma oportunidade todos os cavalos do Brasil do Eng. Aldo A. Pinto estavam estabulados no Haras Itapuã e com o uso de Hippus, Distinto, Emir entre outros o Haras Itapuã sofre uma grande renovação de sangues, mas como tudo que nasce de uma “pobreza genética” acaba por não ter longevidade e o projeto então aceitável vira uma “pedra no sapato” quando o Sr. Gavião do Interagro não aceita unir na ABPSL o Andaluz Brasileiro o qual iria substituir o hoje dito cruzado Lusitano. O Andaluz Brasileiro, hoje uma raça brasileira a qual permite formar-se cavalos puro por cruza cai em falência e notamos que comercialmente esta nova geração de cavalos meio sangues pós Andaluz Brasileiro são registrados como ½ sangue lusitanos, agregando-se ao papel a filiação de seus pais ou mães, sendo que jamais serão puros, como previa o Andaluz Brasileiro em seu acordo genético registrado no Ministério da Agricultura do Brasil. No final do ano passado, existe um debate interno, antes da assinatura do protocolo de mudança de nome do meio sangue para Lusitano de Esporte, pura jogada de marketing, mas que também não tem até os dias de hoje nenhuma solução, pois alguns fizeram a pergunta: - Se o meio sangue é de esporte, o que é o puro? Quem realmente colocou uma pedra em cima da questão foi José Carlos Garcia (8 anos Presidente da ABPSL). Eu , ainda ando por aqui remoendo os beiços, pois sei que o mercado internacional, principalmente o de Wellington USA não quer nem olhar para o papel dos cavalos, eles apenas querem saber de colocar o cavalo no picadeiro e o mesmo cumprir as suas funções de performance. 50% dos clientes para os quais vendo cavalos para os EUA jamais pediram a transferência de propriedade de um cavalo, eu é que faço para que retire do nome dos criadores os cavalos, poupando alguns reais da conta mensal expedida pela ABPSL.
Minha esperança mais imediatista é o meio sangue e atrelar a este o Puro, principalmente no mercado nos USA. Como os potros são novos ainda, filhos de éguas Gribaldi, Ferro, Socrates, De Niro, Sandro Hit, United, etc é muito nova a coisa, mas a minha projeção é bastante positiva.
Dentro de outro foco trabalho desesperadamente a pesquisa do mercado CHINÊS. Sei que os portugueses já andaram por lá, mas quem faz a festa são os espanhóis. Recentemente o Brasil fechou um acordo para exportação de carne suína, aonde abriu a porta para a exportação direta de cavalos. Esta abertura pode ser decisiva para fornecer à burguesia chinesa (quem diria!!) todos os cavalos que eles comeram no passado, agora para servirem de status para as madames chinesas em ascensão social e tudo o que elas querem é serem inglesas, há que aproveitar a situação e colocar algumas “empadinhas” na festa no Sr. Schockemöhle. Para isso algum louco terá de pegar um avião de cavalos e despejá-los na China, entre cavalos de Salto e Adestramento. Pela pesquisa, para nós do Brasil só um avião inteiro serve, via Amsterdam ou Frankfurt inviabiliza o negócio. O vôo é Campinas, Santiago e Beijing com 32 cavalos a bordo pela ABSA Air Cargo.
Porque a China? Aqui entre nós, o Brasil não tem mercado para o cavalos de Adestramento, investiram num segmento o qual 50 gaiatos praticam, mal e porcamente, tudo na base do suborno comprovado (a Sra. Withages) que o diga. Estamos à beira de nossa primeira grande derrota, Guadalajara 2011 , aonde o Brasil perderá para os donos da casa o México a medalha de bronze, ficando fora das Olimpíadas de Londres por equipe, voltando nas Olimpíadas do RIO, porque é em casa, mas até lá confio que tenhamos revertido a história. É impossível algum país ser julgado por juízes nacionais e alguns internacionais os quais nunca fizeram um cavalo (simplesmente não entendo), depois os Internacionais vêem a nosso país e são induzidos aos pontos, + 2 + 3 pontos percentuais do que realmente os conjuntos merecem. O Adestramento do Brasil hoje não está sob o comando da CBH mas sim de particulares, ou melhor famílias. A CBH hoje tem sua renda proveniente em parte do Ministério dos Esportes e outra por parte da taxa de importação de cavalos provenientes do estrangeiro a qual ela cobra R$3.000 reais por cada cavalo (US$2.100 dólares). Esta bárbara ação comercial em poucos anos definhará a criação nacional de cavalos de esporte a qual deveria ter o seu mercado intermediário garantido por lei ou fortes taxas de importação de cavalos, nada diferente do que importar um veículo automotivo. Esta história é muito perigosa, envolve grandes e poderosos empresários, precisa-se trabalhar com bastante cuidado, mas sem desviar o foco e atingir estes importadores em seu coração, alguns com a cadeia e outros colocando seus nomes no ministério da fazenda e fazer da CBH um órgão que protege o cavaleiro e a Industria nacional do cavalo, entidade que não faz uma nem outra coisa, pensando exclusivamente em concursos, aonde os cartolas podem faturar e deles.
Voltando ao tema. Atrevo-me a tocar neste tema porque já perdi tudo o que tinha com cavalos, tudo mesmo, a ponto de ter de ir ao Banco fazer empréstimo para não ver meus cavalos morrerem de fome e foi este dia que terminei com tudo (no Brasil, cavalos sempre serão um apêndice de algum outro negócio mais forte financeiramente. João Oliveira já afirmava ser uma forma alegre de perder dinheiro). Saibam que começar é fácil, terminar é um drama, principalmente se tem amor para com aquilo pelo qual é responsável por criar e trazer a este mundo, tendo caído a ficha sobre este detalhe depois que tive os meus filhos com clareza absoluta. A dor foi traumatizante, a ponto de ter em meu contrato matrimonial uma clausula que não me permite mais ter cavalos de minha propriedade, clausula esta que minha esposa faz questão de seguir à risca.
O que quero dizer com isso é que já sofri, já vi outros sofrerem e de certo tenho 100% de certeza que não vale nos dias de hoje criarem-se cavalos que não possam proporcionar alegria e lucros, para que outros possam ser sustentados e o negócio ser ampliado. Neste aspecto sou radical, chegar num criador, com 400 cavalos, gastando uma tonelada de ração por mês e só ver “pencos”, tudo o que penso é quantas crianças carentes poderia sustentar com aquele dinheiro todo e saibam que nosso país precisa muito deste tipo de investimento. Se hoje tenho todo o respeito deste mundo pelo Sr. Aldo A. Pinto é que o mesmo, quando bem de saúde, tinha muitos “pencos”, mas parte de seu dinheiro era destinado para programas junto ao Hospital de Oncologia de crianças para compra de aparelhos de última geração e projeto Itamar ( um dos projetos mais sérios deste país de preservação ambiental), sendo ele o responsável por alimentar durante 4 anos todos os cavalos de rua recolhidos pelo Centro de Zoonoses da Cidade de São Paulo, de certo uma pessoa especial.
Neste grupo de criadores, não incluo aqueles que gastam fortunas por mês e nem estão ai com rentabilidade e são estes que cuidam naturalmente através do “poder da grana que constrói de destrói coisas belas”. Esta talvez seja a principal questão a ser combatida, o coração do negócio. Não se pode ter na direção ou Presidência de nada pessoas as quais não têm um compromisso com a rentabilidade do negócio “Cavalos Puro Sangue Lusitano”. Este exemplo já o tive no México com Jorge Hank, aonde seus “erros de criação” dava literalmente para o leões, aqui manda-se para o Estado do Mato Grosso tocar gado (um pouco melhor).
A coisa está tão alterada eu dou aqui um exemplo cruel do que é a anti informação: - Antes da Exposição Internacional de São Paulo é feito uma venda de coberturas doadas por criadores. A festa deste ano foi mascarada, as fotos mostravam uma coisa e os textos outros. No final da história, muitas coberturas não tiveram lance, traduzindo em miúdos, não existiam interessados, as pessoas não querem mais criar, estão inseguras em decidir qual o caminho a seguir. Todos os plugados na informação pedimos o resultado real, mesmo para ter idéia dos rumos e podermos analisar etc, até hoje a ABPSL não soltou o relatório de preços, coberturas vendidas e coberturas as quais não tiveram lance, inibindo por total de seus associados a informação e a pesquisa, doa a quem doer, perpetuando assim a defesa do errado, do sistema da “calada da noite”. Este exemplo reflete o pensamento de quem dirige a nossa Associação de raça.
O que sinto é que não se preocupa com o rentabilidade, mas sim com a propaganda em si, não que não se necessário, mas nos preocupando apenas com a propaganda (se ele for boa , o que não é o caso), podemos vincular a esta com mais facilidade os nossos interesses pessoais, uma estratégia já conhecida de longa data. Então amigos, para termos Criadores Profissionais precisamos de uma Associação profissional, comprometida com a rentabilidade e cobrança de seus associados de qualidade e criarmos mecanismos que primam aqueles por um bom trabalho, dando a este a apenas a este a possibilidade de uso da máquina administrativa para os evidenciar, mas se nem eles sabem quem são os bons, está tudo perdido. Resta-nos entender que o bom, que o caminho a seguir é o deles.
Como cobrar qualidade de seus associados? Exemplo fácil, copiar o que é feito na Alemanha. Leilões de Elite (aquele de vinte lotes a realizar na Exposição Internacional do Cavalo Lusitano no Sábado na Hípica Santo Amaro, com ampla divulgação usando-se a máquina da Associação, seriam apenas cavalos selecionados até Dezembro do ano anterior, cavalos e éguas de elite propagados mundo a fora.
Outra forma de cobrar qualidade é informar. A pesquisa, doa a quem doer, é necessária para que estes dados sejam expostos sem políticas ou proteções individuais. Para ir mais além, com os pés na realidade, precisamos que um “caboclo” que fale inglês e espanhol, que conheça o mundo, que tenha a versatilidade de se virar em situações adversas, mas acima de tudo que tenha interesse exclusivo pela raça e não por X ou Y criador, possa visitar todas as Exposições de cavalos Lusitano no mundo com 3 funções básicas:
1) Distribuir folder’s informativos sobre sua associação e vender produtos expostos no programa de vendas de sua Associação através do seu IPAD.
2) Filmar toda a exposição de “cabo a rabo” e trazer esta informação “Up Today” para todos os associados em reunião mensal em algum lugar na Cidade de São Paulo, ou enviá-la posteriormente em Blu Ray ou DVD para cada associado interessado. Melhor, este “caboclo” poderia fazer entrevistas com pessoas influentes pelo mundo afora, colher pensamentos, impressões gerais e expô-las no site da Associação.
3) Receber em seu país, estes tantos “amigos” para a exposição Internacional de São Paulo, num programa de 10 dias. Este período vai de Sexta-feira anterior ao Leilão Luso Brasileiro ao Domingo da Exposição Internacional. Será ele o responsável pela logística e possíveis comercializações de cavalos (sendo estes cavalos inclusos no programa de vendas da Associação).
A primeira pergunta é: Como pagar os deslocamentos deste profissional? A resposta é simples e já colocada em prática por minha pessoa por muitos anos como jornalista, fazer permutas com empresas. A primeira a ABSA, empresa ligada ao Grupo lan Chile e responsável pelo transporte de 98% dos cavalos exportados, através de permutas de passagem sujeitos a espaço no avião. O “caboclo “ só embarca se existe espaço no vôo. Permuta simples. Fora isso fazemos propaganda da mesma em todos os eventos (plaquinha simples), nome de obstáculo de ET, etc, “jabá” para inglês ver, pois todos sabemos que o retorno é nulo.
Outra fonte de renda, a qual permita o “caboclo” comer, andar e dormir será pago pelo percentual da Associação (normalmente de 10%, sendo 5% do “caboclo profissional” e 5% da própria Associação). Pela experiência de anos, um “caboclo” precisa de 200 a 250 dólares por dia para viver em terras estrangeiras, para comer, andar e dormir. De certo o problema será começar, depois a conta paga-se com facilidade e roda por si mesma.
Voltando aos 10 dias de estrangeiros no Brasil –
Sexta feira refresco, água de coco e watermelon à vontade. Uma breve visita à Ilha Verde, normalmente o Zé Vitor dá o jantar de boas vindas.
Sábado – teste dos cavalos do leilão Luso Brasileiro e leilão.
Domingo – Visita a dois Haras da Região; TOP e Vouga, por exemplo. Quem tiver cavalos para apresentar (desde que estes estejam inscritos no programa de vendas da Associação) poderão participar. Todos com raio X, Eliza e preço na mão do “caboclo”.
Segunda-feira – Visita aos Haras Iannoni, Pinhais, pernoite ainda em Sorocaba. Todos eles no mesmo caminho.
Terça-feira – Visita ao Villa do Retiro e Modelo, pernoite em Sorocaba.
Quarta-feira – malas vão para São Paulo, hotel da exposição e as pessoas para o Mangueiras e Interagro. Nas Mangueiras, poderá apresentar-se cavalos associados inscritos no programa de vendas da Associação. Depois do Interagro as pessoas voltarão para São Paulo para pernoite. Tudo no hotel estará tratado e malas de cada um no quarto.
Quinta-feira – Exposição.
Sexta feira – Exposição e Happy Hour
Sábado – Exposição e leilão de 20 lotes selecionados durante o ano anterior. Nome: Leilão Internacional Oficial da Associação (só cavalos escolhido pelo grupo selecionador entre todos os criadores nacionais), leilão simples, rápido e sem maiores custos na pista da exposição. O que será relevante é a QUALIDADE e não o enredo. Todo o mundo já conhecerá os lotes.
Domingo – Exposição e finalizando com uma escola de samba e algumas mulatas, em alto astral para acalmar os ânimos e não ficar aquela tristeza (de quem comeu e não gostou) registrada nos últimos anos.
Depois das 18 horas a programação aeroporto e sua logística. Caso fique alguém para trás, este receberá toda a atenção nos dias seguintes, sempre acompanhado pelo “caboclo” para garantir a comissão da Associação.
Cansei por hoje, vou ver o meu Corinthians vencer do Palmeiras.